Professores, estudantes, funcionários de universidades e instituições ligadas à Educação se uniram nesta quarta-feira (15/05) em manifestações contra cortes de verba e bloqueios de bolsas de estudo promovidos pelo Ministério da Educação (MEC). Eles ganharam, ainda, apoio de sindicatos em protesto contra a reforma da Previdência discutida pelo governo Bolsonaro. A movimentação virou trending topics no Twitter com a hashtag #TsunamiDaEducação.
Os protestos são contra os cortes e bloqueios em verbas da Educação, que vão afetar todas as etapas de ensino, da Educação Infantil à pós-graduação. O corte atinge ainda verbas para construção de escolas, ensino técnico, bolsas de pesquisa e transporte escolar. De acordo com o MEC, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. A contenção seria resultado da queda na arrecadação.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi convocado para dar explicações sobre os cortes e bloqueios em sessão da Câmara dos Deputados nesta quarta, a partir das 15h. Na terça-feira (14/05), o ministro não descartou a possibilidade de ampliar os cortes . Políticos da bancada de apoio do governo chegaram a informar que o presidente Jair Bolsonaro teria dito que o MEC voltaria atrás, mas a informação não foi confirmada pelo Planalto. À noite, o presidente Jair Bolsonaro embarcou para Dallas, no Texas, onde receberá uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-EUA.
As manifestações acontecem em 26 estados e no Distrito Federal. A União Nacional dos Estudantes (UNE), a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) convocaram estudantes através das redes sociais para participar dos atos em todas as principais cidades brasileiras.
Publicado originalmente no site Nova Escola