As gêmeas do futebol, como são conhecidas as irmãs Maria Clara e Maria Eduarda (18), jogam futebol desde os 13 anos de idade e são apaixonadas pelo esporte. Filhas de uma empreendedora guerreira, Vênus Andrade, mãe solo e moradora do bairro de Narandiba, as meio-campistas com passagens pela dupla Ba-Vi e Lusaca já enfrentaram racismo e machismo em ambientes escolares e familiares. Com dificuldade, elas se dedicaram e estudaram muito para aprender a falar inglês com fluência, importante requisito para jogar no exterior. Atualmente, o que mais desejam é se mudar para Portugal, onde pretendem alavancar sua carreira como jogadoras. Contudo, para realizar esse sonho, as atletas baianas contam com a ajuda de quem acredita no potencial delas e, para viabilizar sua viagem, criaram uma vaquinha virtual.A meta original das Marias era jogar nos Estados Unidos, onde elas conseguiram bolsas parciais em universidades americanas. Entretanto, o custo de manter as duas lá era muito alto. Um tio que mora em Portugal sugeriu que as meninas mudassem o foco para a Europa e, a partir daí, uma nova meta foi traçada. “Nós acreditamos na solidariedade do povo brasileiro e no talento dessas jovens atletas que, com nosso apoio coletivo, poderão representar bem a Bahia no esporte internacional”, declarou o vice-presidente da Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB), Marcelo Ramos, ex-jogador de futebol e artilheiro de grandes times brasileiros, como Bahia, Cruzeiro e Santa Cruz, que também teve a oportunidade de jogar fora do país. Por incentivar o esporte e valorizar novos talentos, a ACEB está estimulando seus sócios (acebianos e acebianas) e demais interessados(as) a participarem da vaquinha das gêmeas do futebol, disponível neste link: abre.ai/gemeasdofutebol.