Semana do Meio Ambiente movimenta escolas municipais

A praia de Coutos, localizada no fundo da Escolab, na Rua da Lagoa, foi a sala de aula dos alunos na manhã da última segunda-feira (3). A atividade é parte integrante da programação da Semana do Meio Ambiente, que proporcionou aos estudantes do 1° ao 5° ano exercícios de alongamento ao ar livre, banho de mar e futebol. A ação da Escolab é uma entre as várias programações das unidades escolares municipais nesta semana do meio ambiente.

Até a sexta-feira (7), serão realizadas atividades voltadas para a preservação do meio ambiente, através do projeto “Índio: ancestralidade, aprendendo com eles sobre nós”. A ação é realizada pela Secretaria Municipal da Educação de Salvador (Smed), em parceria com a Secretaria da Cidade Sustentável e Inovação (Secis), Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) e Vigilância em Saúde Ambiental (Visamb).

Diretora da Escolab, Cássia Silva, 42 anos, ressaltou a importância das atividades ao ar livre como reforço para que as crianças tenham cada vez mais contato com a natureza e, assim, elas entendam que é preciso preservar o meio ambiente todos os dias. “Se, no futuro, não forem adultos que começaram a ter essa consciência ainda na infância, esse cuidado com o meio ambiente será algo desnecessário na vida desses alunos. É preciso criar essa mentalidade agora, ampliar os conhecimentos, para que eles tenham uma educação que seja levada para a vida”, declarou.

Enquanto brincava de catar mariscos, a aluna do 4° ano, Maria Isabel da Silva, 10 anos, se mostrou muito consciente. “Eu vejo as pessoas jogando lixo na rua e no mar, sem nem se importar com a natureza. Essas pessoas estão fazendo o mal para elas mesmas, porque se a gente não cuida do meio ambiente nós vamos viver em um lugar poluído. Se todo mundo tivesse um pouco mais de cuidado, o mundo seria muito melhor”, afirmou.

Outras unidades escolares – A Escola Municipal Santa Angela das Mercês, no Dois de Julho (GRE Centro), realiza nesta terça-feira (4) a Feira de Ciências. Ao longo da semana, cinco escolas farão visitas guiadas ao Terraço Verde do Salvador Shopping, com Oficina de Aproveitamento dos Resíduos e Demonstração de Oficina Compostagem. A Escola Municipal Ivone Vieira Lima, em São João do Cabrito (GRE Subúrbio I), terá Oficina de Reciclagem, no dia 5; palestras com participação do Grupo de Ações Preventivas Ambientais (Gapa), da Guarda Civil Municipal, no dia 6; e inauguração da horta escolar e doações de mudas, no dia 7. A Escola Municipal Visconde de Cairu realiza, no dia 6, o II Workshop “Meio Ambiente: Desenvolvendo a Consciência Ecológica”.

Publicado originalmente no site www.educacao.salvador.ba.gov.br

Sema e Educação realizam ações na Semana do Meio Ambiente

Para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho, o Governo do Estado, por meio das Secretarias Estaduais da Educação (SEC) e do Meio Ambiente (SEMA), promove uma extensa programação até o dia 7 de junho. A Semana do Meio Ambiente foi aberta no dia 3, às 8h30, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), órgão vinculado à estrutura organizacional da SEC, localizado na Avenida Paralela, em Salvador. Durante a cerimônia de abertura, o Governo da Bahia aderiu à campanha “Respire Vida”. A Bahia é o primeiro Estado a participar dessa ação global por ar limpo, promovida pelas Nações Unidas, que busca mobilizar as comunidades para reduzir o impacto da poluição do ar na saúde e no clima.

A programação envolve oficinas, mesas redondas, palestras e rodas de conversas. Além de comissários da ONU Meio Ambiente, as atividades contam com a participação de professores de diferentes Instituições de Ensino Superior, especialistas na área e estudantes. Paralelamente, as escolas da rede estadual também promovem uma extensa programação com atividades ligadas ao projeto Juventude em Ação (JA), desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado. O objetivo do projeto é promover a formação de Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (COM-VIDA) e a elaboração da Agenda 21 escolar durante todo o ano letivo nas escolas, tendo o protagonismo estudantil como a essência do projeto.

Fonte: ASCOM/Educação Bahia

Encontro prepara gestores e educadores para implementação do Novo Ensino Médio

Coordenadores pedagógicos, professores e gestores escolares do Núcleo Territorial de Educação 26 (NTE-26), que compreende Salvador e Região Metropolitana, estão reunidos no Instituto Anísio Teixeira (IAT) para o terceiro encontro formativo de preparação para a implementação do Novo Ensino Médio. Promovidos pela Secretaria da Educação, os encontros têm aberto o diálogo com os profissionais da educação sobre as mudanças no Ensino Médio, além da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e do Currículo Bahia.

O secretário da Educação do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, pontuou que o processo de implantação da nova base curricular para o Ensino Médio ocorre desde 2013 e que a participação dos coordenadores pedagógicos, diretores escolares e professores é fundamental para o sucesso desta nova base. “Eles devem fomentar na escola essa nossa expectativa, um ambiente de implantação da nova base do Ensino Médio que possa fortalecer a aprendizagem no Estado da Bahia”.

“Mas a nossa responsabilidade não é apenas com o Ensino Médio. Para conseguirmos formatar e chegar a um quadro de sucesso, precisamos ter uma agenda positiva para o Ensino Fundamental I e II, formar profissionais das prefeituras, sendo parceiro. Com empenho e compromisso da nossa rede, além do nosso papel de manter uma agenda contínua de formação. Também temos uma expectativa muito grande para que as universidades continuem colaborando conosco na implementação de um processo revolucionário na educação baiana”, completou o secretário.

Para Jacirema Piedade dos Santos, coordenadora pedagógica do Colégio Estadual Ana Cristina Prazeres Mata Pires, em Salvador, o encontro foi bastante positivo. “Muito bom, poder ter este momento em que a gente pode dialogar com os técnicos da Secretaria, com nossos colegas e diretores escolares. É fundamental para que a implementação do Novo Ensino Médio ocorra de forma positiva nas escolas e isso reflita na qualidade da Educação”, afirmou a professora.

Novo Ensino Médio

A implementação da Lei nº 13.415/2017 estabeleceu mudanças na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e alterou a estrutura do Ensino Médio, que teve o tempo mínimo do estudante na escola ampliado de 800 para 1.000 horas anuais. Estas mudanças também definem novas organizações curriculares, tornando-as mais flexíveis, e que devem contemplar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com prazo para implementação até 2022.

Publicado originalmente no site www.escolas.educacao.ba.gov.br

Aceb participa de mutirão de limpeza na Praia de Stella Maris

Com o objetivo de conscientizar moradores e visitantes da Praia de Stella Maris sobre a importância da conservação e manutenção da limpeza das praias e os danos que a poluição pode causar ao meio ambiente, a sorveteria Zé Palito está organizando um grande mutirão no próximo dia 9, das 9:00 às 12:00 horas, próximo à Barraca do Lôro. A ação, que marca a passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), é apoiada pela Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB) e por outras instituições. A programação inclui orientação de biólogos e uma premiação tanto para quem coletar o maior volume de lixo quanto para quem coletar o lixo mais inusitado. As inscrições são gratuitas e os kits de limpeza podem ser retirados pelos participantes a partir das 8:30 horas. Participe!

Manifestação contra cortes de recursos da educação é realizada em Salvador

Professores e estudantes de Salvador realizaram na manhã desta quinta-feira (30), no Centro da cidade, um protesto contra os bloqueios de recursos da educação. A manifestação faz parte de um ato nacional.

A concentração começou por volta das 9h, no Largo do Campo Grande. Às 10h30, os manifestantes tomaram todas as faixas da via, e dez minutos depois o grupo iniciou uma passeata tendo como destino a Praça Castro Alves, um trajeto de cerca de dois quilômetros.

O grupo chegou até a praça por volta das 12h30, e às 13 a manifestação começou a dispersar.

De acordo com a Transalvador, a caminhada deixou o trânsito bastante engarrafado. Os veículos ficaram atrás dos manifestantes e avançavam conforme o grupo andava. O órgão ainda afirmou que viaturas da Transalvador ficaram em vários pontos do trajeto do protesto, para monitorar o tráfego.

A Universidade Federal da Bahia (Ufba) informou em um primeiro momento que teve R$ 37,3 milhões bloqueados, mas depois divulgou que, na verdade, o bloqueio foi de mais de R$ 55 milhões.

Além da Ufba e de institutos federais, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb), a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) e a Universidade Federal do Sudoeste da Bahia (Ufsb) também relataram cortes orçamentários, que chegam a cerca de R$ 40 milhões.

Interior do estado

Em Feira de Santana, cidade localizada a cerca de 100 km de Salvador, a concentração também começou por volta das 9h, na Praça Tiradentes. Por volta das 10h, os manifestantes saíram da praça e iniciaram uma caminhada pelas ruas da cidade. A manifestação acabou por volta das 11h.

Em Alagoinhas, a concentração começou às 8h, na Praça Rui Barbosa, e terminou por volta do meio-dia. Posteriormente, o grupo saiu em caminhada pelo centro da cidade, com destino à sede da prefeitura.

Na cidade de Serrinha, a manifestação começou às 8h, na Praça Luiz Nóbrega, e também terminou por volta do meio-dia. O protesto, entretanto, ocorreu em formato de aula pública e não há previsão de que os manifestantes saiam em passeata.

Em Teixeira de Freitas, manifestantes bloquearam trecho da BR- 101, perto da sede do Instituto Federal da Bahia (Ifba). A cada 20 minutos, o grupo liberava o trânsito por cinco minutos e depois voltava a fechar a rodovia. O protesto foi encerrado por volta das 10h.

Na cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, também teve protesto na manhã desta quinta-feira. Os manifestantes ficaram em frente à sede da prefeitura, gritando palavras de ordem e exibindo cartazes. Por volta das 11h, o ato já havia sido encerrado.

Publicado originalmente no site www.atarde.com.br

Primeiro aplicativo de ativismo ambiental do Brasil será lançado no dia 4 de junho

A natureza e o meio ambiente no Brasil estão sofrendo sérios riscos: retirada de direitos, quebra de acordos internacionais e desrespeito a população brasileira e mundial com graves violações de ordem ambiental. Ambientalistas e artistas se uniram para combater esses retrocessos.

Para isso, os grupos 342 Amazônia, Mídia NINJA e Greenpeace lançarão o 342AMAZÔNIA, o primeiro aplicativo de ativismo ambiental do Brasil. Caetano Veloso e convidados irão realizar o show de lançamento que acontecerá na terça-feira, 4 de junho, no Circo Voador no Rio de Janeiro. Participe dessa luta em nome do meio ambiente e pela proteção da nossa região amazônica e outros ecossistemas ameaçados no Brasil.

Publicado originalmente no site www.midianinja.org

Acebiana Mabel Velloso lança livro infantil em homenagem aos professores

A acebiana Mabel Velloso fez uma homenagem aos educadores no livro infantil “Farol”, que será lançado no dia 29 de maio, às 16h, no estande da Caramurê do Shopping Barra, em Salvador. O livro custa R$ 39 e o lançamento contará com presença da autora.

Ilustrada com as aquarelas de Carol Feitos, o livro retrata a história de um pai que brinca com os filhos de “o que você vai ser quando crescer?” e acaba se surpreendendo com a resposta da filha. Farol é indicado para a faixa etária de cinco a sete anos.

“Nós estaremos lá, para prestigiar a nossa talentosa companheira acebiana Mabel Veloso e conhecer mais uma de suas belas obras”, confirmou a presidente da Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB), Marinalva Nunes.

Transporte escolar, livros didáticos e outros programas sob impacto do bloqueio de verbas na educação básica

O ensino superior foi o mais afetado pelos bloqueios de gastos anunciados no Ministério da Educação (MEC), mas áreas da educação básica e infantil – apontadas como prioritárias pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) – também sofrerão com o contingenciamento de recursos na pasta.

Em participação no Plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira, 15, dia de protestos nacionais pela educação, o titular do MEC, Abraham Weintraub, afirmou que trata-se de uma contenção temporária de gastos (“até o país decolar”) e que o governo cumprirá seu plano de concentrar seus esforços nas creches, ensino básico e técnico.

Especialistas em educação, porém, afirmam que os bloqueios podem impactar diretamente programas e ações em andamento em escolas brasileiras, com efeito direto nos municípios, principalmente em áreas remotas ou carentes.

Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) tabulados pela ONG Contas Abertas, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia do governo que tem como função transferir recursos para a educação básica de Estados e municípios e funciona como uma espécie de agência de fomento do cotidiano escolar, teve congelado quase R$ 1 bilhão de seu orçamento de R$ 4,7 bilhões para 2019.

Dentro do FNDE estão programas que financiam, em nível municipal, desde livros didáticos até o transporte escolar, auxílio à formação de professores e incentivo à construção de creches.

Na Câmara, Weintraub afirmou que a educação básica foi esquecida pelo governo federal nos últimos anos. “A educação essencial, a básica, é o ponto fraco do Brasil. A gente está abaixo da meta estabelecida no Plano Nacional de Alfabetização (PNA). Quem fica de fora da creche são as crianças mais pobres, parte da sociedade mais vulnerável”, disse.

O ministro atribuiu a responsabilidade dos bloqueios às gestões anteriores de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). “Não somos responsáveis pelo desastre da educação, não votamos nele.”

O governo Bolsonaro, como os antecessores, suspendeu temporariamente o gasto de verbas em busca de equilíbrio fiscal enquanto a situação do país não melhora. Caso o Executivo termine o ano com um deficit maior do que o previsto no Orçamento (R$ 139 bilhões) sem autorização do Congresso, os governantes podem responder por crime de responsabilidade fiscal.

Por outro lado, se a situação fiscal melhorar, o governo afirmou que poderá liberar verbas.

As medidas causaram reação também no Congresso. “A queixa maior, a grande apreensão entre os parlamentares é a ausência de um plano para a educação. Esse ministro só fala em cortar. Não tem ação propositiva. A gente não consegue nem avaliar porque não há nada proposto. É a primeira vez que eu vejo um ministro que defende, que pede cortes em sua área”, afirmou à BBC News Brasil o deputado federal Idilvan Alencar (PDT-CE), que faz parte da Comissão de Educação da Câmara e já presidiu o FNDE e o Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed).

Ainda durante a sabatina na Câmara, Weintraub afirmou que buscará que os recursos do fundo da Lava Jato (com dinheiro recuperado dos esquemas de corrupção) sejam parcialmente destinados à educação.

Publicado originalmente no site www.bbc.com

Avaliação processual: por que ir além das provas

A avaliação processual – também conhecida como avaliação formativa ou contínua – vai além de uma série de perguntas reunidas em uma prova bimestral. Combinando diferentes instrumentos avaliativos para mensurar de forma mais assertiva diferentes aspectos do aprendizado, ela pode ser usada também como um diagnóstico da aprendizagem. A avaliação formativa ajuda a identificar se o aluno realmente está conseguindo aprender a partir do processo metodológico praticado e de base para feedbacks.

É o que defende Alessandro Reina, professor de Filosofia do Centro Estadual de Educação Profissional de Curitiba (PR). Há cerca de três anos ele adotou metodologias ativas na sala de aula, que retiram do aluno a passividade na aprendizagem e os colocam como protagonistas do processo. “As metodologias ativas como ‘sala invertida’, ‘desenvolvimento de projetos’ ou de trabalho em equipes exige do aluno seu envolvimento total na resolução de problemas e na minha disciplina isso é fundamental, uma vez que o objetivo é educar para a liberdade de pensamento crítico e para formação cidadã”, afirma. A mudança na forma de ensinar, exige também uma forma de avaliar para que contemple todos os aspectos desse processo.

Com isso, a avaliação processual acaba sendo a mais adequada por permitir que as aprendizagens sejam avaliadas ao longo de todo o processo e não apenas ao final do bimestre. “A avaliação classificatória é excludente e mascara a aprendizagem, mas ela é reflexo das condições oferecidas pelo sistema educacional. Devido ao pouco tempo e excesso de atividades ao professor, às vezes, este tipo de avaliação acaba sendo a única opção viável dentro do que o sistema impõe”, observa Alessandro. O professor explica que para cada objetivo alcançado, o aluno recebe uma nota que não representa o quanto aprendeu, mas sim que alcançou aquele intuito. Quando, porém, esse objetivo não é alcançado, uma nova estratégia é traçada e um novo desafio é proposto aos estudantes, o que, segundo Alessandro, estimula a turma.

Feedback para o aluno

Andreza de Abreu, professora e coordenadora de Alfabetização da unidade, a Escola Estadual Sócrates Brasileiro, em São Paulo, usa a avaliação processual para dar “devolutivas” para os alunos. Para a educadora, a avaliação processual é um processo do que se espera atingir ao longo de um determinado período. “Daí a importância da devolutiva: colocar o aluno no centro desse processo, permitir que ele tenha acesso, consciência, daquilo que ele sabe e do quanto ele sabe”, explica Andreza. “Quando a gente promove o feedback, estamos dando oportunidade para que o aluno resgate uma habilidade, uma competência que ele não conseguiu desenvolver ao longo daquele tempo”, reforça a professora.

O professor Alessandro Reina aposta na ideia de que é preciso sempre alterar a metodologia e diversificar os instrumentos de avaliação. “Nem todos os alunos aprendem da mesma forma, isso é cientificamente comprovado. Alguns alunos são mais visuais; outros, mais interativos ou mais auditivos…”, comenta. Ele destaca que o desafio só pode ser contornado diversificando a metodologia e os processos avaliativos.

Além disso, segundo Andreza, é uma forma do professor avaliar melhor o conhecimento da turma sobre os conteúdos e sair da subjetividade. Ela enfatiza que, quando o professor olha a avaliação processual, ele valoriza o saber do aluno. “Nós não estamos preocupados com a quantidade, um protocolo, com atender meramente as demandas ou cumprir cronogramas enviados pela secretaria, mas, sim, com a aprendizagem”.

Mudança de comportamento

A coordenadora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Seabra, na Bahia, Janaina Oliveira Barros, diz que avaliação não é um tema que caminha só. “Precisamos entender que formamos pessoas e a avaliação precisa estar a serviço desse indivíduo”. É comum que as provas tragam termos como “explique”, “discorra” e “justifique”, que, em geral, são focadas em o queensinar e não em como isso é feito pelos professores. Nesse momento, é importante juntar as duas coisas (“o que” e “como”) e, a partir disso, o educador passa a ter informações que podem ajudar no seu planejamento.

“Para cada parte do processo de aprendizagem do aluno, o professor precisa ter uma estratégia para que o aluno chegue onde quer”, explica Diane Clay Cundiff, diretora geral do Colégio Santa Maria, em São Paulo, que faz uso do modelo processual de avaliação. “É preciso ensinar e não mostrar ao aluno que ele não sabe”, diz.

Para oficializar as avaliações processuais no Ensino Fundamental, o Santa Maria levou a questão para o coração da escola: o projeto político-pedagógico (PPP). Com isso, a avaliação processual passou não só a ser uma prática, como também a guiar uma mudança na forma como os professores se organizam para ministrar as aulas. “Antes os planos eram feitos da seguinte forma: como o professor pretende [ensinar um tema]? E hoje o professor pensa: o que o aluno vai aprender? Quais os métodos que o aluno precisa para aprender?”, conta Marcia Almirall, orientadora pedagógica do Colégio Santa Maria.

No colégio, a mudança no método avaliativo foi feita seguindo muita organização. “Há muitas pessoas que esse método é muito subjetivo, mas na realidade segue uma lista de verificação muito séria, como as rubricas”, diz a orientadora. As rubricas são usadas pelos professores para construir e mostrar critérios de avaliação mais transparentes, podendo, inclusive, ser feita em conjunto com os alunos.

Confira algumas dicas práticas:

Para quem quer sair do modelo tradicional, vale a pena levar em conta alguns fatores:

  1. Entenda a avaliação como uma ferramenta que auxilia o processo de aprendizagem e não apenas como um protocolo ou uma forma de punição.
  2. Planeje a aula de forma que os alunos sejam capazes de ler, investigar, analisar e discutir o conteúdo da aula. Seja em Filosofia, História ou Matemática, o aluno precisa saber o que está estudando, o porquê e qual a sua finalidade, isso ressignifica a aprendizagem.
  3. Faça da aula um espaço de participação e incentive o aluno a perder o medo de interagir.
  4. Alterne a metodologia com aulas dialogadas, de trabalhos em equipes, com proposição de desafios e atividades que exijam criatividade e raciocínio.
  5. Depois da avaliação, tabule as respostas dos alunos para criar um panorama dos saberes da turma.
  6. Selecione uma questão que apresente maior número de respostas erradas e liste o que pode ter levado a turma a fazer tal escolha.
  7. Organize uma aula para a devolutiva deste conteúdo ou questão.
  8. Elabore uma sequência didática e verificação de aprendizagem do conteúdo.

Publicado originalmente no site Nova Escola.


Rui Costa: “cobrança de mensalidade em Universidade Pública não pode ser tabu”

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse que a possibilidade de cobrança de mensalidade nas universidades públicas de alunos que possam pagar pelas aulas não pode ser tratada como tabu. Para ele, as universidades podem ter novas formas de financiamento, incluindo doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidade para quem tenha alta renda familiar.

“Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso?”, questionou. “Quem é contra a cobrança não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso de que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim”.

Rui tem sido alvo de protestos por parte da comunidade universitária da Bahia, onde os professores da universidades estaduais estão em greve há um mês e reclamam de cortes no orçamento das instituições de ensino.Publicado originalmente no site www.brasil247.com