Protesto em defesa da educação é realizado em Salvador

Estudantes, professores e representantes de movimentos sociais se reuniram em frente à Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba) na manhã da última terça-feira, 13, para o ‘3º Ato em Defesa da Educação’, também intitulado como ‘Tsunami da Educação’. A proposta do protesto é defender a autonomia universitária e discordar do projeto ‘Future-se’, do Ministério da Educação (MEC), que visa terceirizar o financiamento da educação pública.

O protesto iniciou por volta das 10h. Agentes da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) fizeram bloqueios na via em torno do Largo do Campo Grande e os manifestantes, orientados por líderes dos grupos estudantes, ocuparam toda a via. O ato permaneceu pacífico até o encerramento.

Para Carolina Nunes, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes na Bahia e do Diretório Central dos Estudantes da Ufba, os cortes afetam estudantes que já estão no ensino superior na rede pública e os que desejam ingressas futuramente. “Essa união dos estudantes é de extrema importância neste momento, principalmente a inserção dos estudantes que entraram através de programas. E tem afetado em diversos pontos, por exemplo, o curso de gêneros está sofrendo diversos ataques. Esse governo [de Bolsonaro] valoriza mais os cursos que vão te ingressar no mercado de trabalho como uma máquina, do que os que valorizam o estudo crítico” aponta.

O professor de Educação Física, Uendel Raposo, analisa que a atual gestão federal não tem se dedicado à educação. “Por ser professor e trabalhar na área de educação eu acredito que nesse governo de políticas de Jair Bolsonaro, a educação não tem sido tratada como prioridade. Isso fica claro através dos cortes, que chamam de contingenciamento. Mas são fortes diretos que acredito ser uma forma de retaliação”, aponta.

Estudante do curso de Arquitetura da Ufba, Helena Barbosa, 30 anos, a redução no investimento implica além da educação. “O corte afeta onde estudo na falta de segurança, o racionamento de luz, ar condicionado. Tem salas onde tinha iluminação e hoje não tem. Sou aluna do noturno e fica muito difícil para a gente sair à noite. Hoje estamos aqui como resistência e pretendemos lutar muito pela educação e pela independência da Ufba”.

Publicado originalmente no site: http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/2083056-estudantes-e-professores-realizam-protesto-em-defesa-da-educacao-em-salvador

Secretaria da Educação e MEC dialogam sobre o fortalecimento do ensino básico na Bahia

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) realizou um encontro, nesta quarta-feira (14), com o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Jânio Carlos Macedo, para discutir ações em conjunto e voltadas ao fortalecimento da Educação Básica na Bahia. A atividade aconteceu na sede da SEC, no Centro Administrativo (CAB), em Salvador, mas o convite foi feito pelo secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, a partir da agenda do 17º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), que está sendo realizado, até sexta-feira (16), na Costa do Sauípe, na Bahia.

O encontro contou com a participação de gestores e técnicos da SEC, do Instituto Anísio Teixeira (IAT), de representantes dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE) e de gestores escolares. Na oportunidade, dirigentes da SEC fizeram uma apresentação sobre o Sistema Estadual de Educação, com foco nas políticas, no financiamento e na gestão. Também destacaram ações estratégicas que estão em curso para melhorar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes, que envolvem desde o Currículo Referencial da Bahia, a avaliação, o monitoramento e a formação de professores, até os insumos e a infraestrutura escolar. Ainda foram feitos relatos de experiências bem-sucedidas na rede estadual de ensino da Bahia, como por exemplo, o regime de colaboração que vem sendo construído na Bahia, o fomento ao protagonismo estudantil, a partir da integração de diferentes projetos de arte, cultura, ciência, inovação e empreendedorismo, além do envolvimento das famílias na vida escolar dos filhos.

O secretário da Educação do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, falou sobre a importância deste diálogo. “A gente apresentou para o secretário do MEC os nossos eixos estruturantes da aprendizagem da Bahia e confrontamos o que a gente já está fazendo, que por ventura o MEC vai fortalecer ou ainda não botou a lupa, e ele pediu para que a gente pudesse levar as boas práticas da Bahia no campo da aprendizagem, mas, também, ele trouxe informações que são passiveis de aperfeiçoarmos ou ampliarmos as nossas possibilidades de relação com a Secretária Nacional de Educação Básica”, afirmou.

Jerônimo ressaltou os desdobramentos da agenda. “Saímos com uma agenda de trabalho. Nossas equipes técnicas farão os desdobramentos sobre o que combinamos aqui, a exemplo de um programa de formação continuada de professores, de uma agenda da Universidade Aberta (UAB) que ele vai intermediar e nos ajudar num diálogo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); e tratamos da vinculação mais forte do Ensino Médio, puxando cada vez mais o itinerário formativo da Educação Profissional. Portanto, acho que é uma agenda gratificante e, naturalmente, que a Bahia fica muito honrada em estar recebendo nos nossos gabinetes o secretário nacional que está se dedicando com foco no alinhamento conosco da Educação Básica no Estado da Bahia”, afirmou.

O secretário Jânio Carlos Macedo fez uma exposição sobre o planejamento estratégico da pasta, que, segundo ele, foi construído com a participação de entidades representativas, como o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), dentre outras organizações. Ele também citou o aumento da carga horária do novo Ensino Médio e dos novos itinerários formativos para o Ensino Médio em Tempo Integral e destacou a agenda construída com a SEC. “A partir desta conversa, a gente pode materializar o trabalho sério que o secretário Jerônimo vem fazendo aqui, bem como as estratégias que ele vem empreendendo e, principalmente, a gente colocar o MEC e a Secretaria da Educação da Bahia em uma parceria mais próxima, para que a gente possa trocar as boas experiências, tanto do MEC quanto daqui da Educação da Bahia, e, através dessa parceria, desenvolver um trabalho que seja mais perene em benefício da educação brasileira como um todo”, afirmou.

Publicado originalmente no site: https://www.acordacidade.com.br/noticias/214951/secretaria-da-educacao-e-mec-dialogam-sobre-o-fortalecimento-do-ensino-basico-na-bahia.html

Educação perde quase R$ 1 bi com reforma da Previdência

Dos R$ 3 bilhões que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) pretende remanejar para facilitar o pagamento de emendas parlamentares, quase um terço deve sair do orçamento do Ministério da Educação (MEC). Na última terça (6), um projeto de lei foi encaminhado pelo Executivo para garantir os recursos para o pagamento de emendas (verbas para projetos e ações indicadas por parlamentares) negociadas na votação do primeiro turno da reforma da Previdência.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, no texto está delimitado o remanejamento para outras áreas de recursos que estavam bloqueados desde fevereiro. O maior impacto negativo é na Educação, que perderá R$ 926 milhões.

Esse montante representa 16% do total bloqueado no MEC neste ano, que soma R$ 5,8 bilhões. Os remanejamentos previstos no projeto atingem, na área da Educação, ações como o apoio à manutenção da educação infantil, concessão de bolsas na educação superior e básica e apoio ao funcionamento de instituições federais de ensino.

Publicado originalmente no site: https://bahia.ba/politica/educacao-perde-quase-r-1-bi-devido-a-reforma-da-previdencia/

Deputados mantêm aposentadoria especial para professores

Por 394 votos a 9, o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou destaque do Partido Novo e manteve as idades especiais de aposentadoria para professores aprovada na reforma da Previdência. Os trabalhadores da categoria se aposentarão aos 60 anos (homens) e 57 anos (mulheres), desde que cumpram o pedágio especial de 100% do tempo que falta para a aposentadoria pelas regras atuais.

O Novo queria retirar esse ponto do texto aprovado ontem (6) em segundo turno, assim como toda a regra de transição que instituiu o pedágio de 100%. Caso o destaque fosse aprovado, os professores se aposentariam aos 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres). Além de suprimir a regra que menciona uma redução da idade de aposentadoria para os professores, o destaque retiraria a garantia de que os benefícios previdenciários seriam reajustados pela inflação para garantir seu valor real.

No momento, a Câmara analisa destaque parecido do PDT. Diferentemente do Novo, que pretendia cortar da reforma toda a regra de transição incluída pela comissão especial, o PDT quer suavizar a regra. O partido quer suprimir apenas o trecho que menciona o pedágio de 100%, instituindo um pedágio de 50% por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) paralela.

O texto aprovado em segundo turno estabelece que trabalhadores da iniciativa pública e privada possam aposentar-se a partir dos 57 (mulheres) e dos 60 anos (homens), com pelo menos 30 anos de contribuição (mulheres) e 35 anos (homens), desde que trabalhem o dobro do tempo que falta para a aposentadoria pelas regras atuais.

Outros destaques rejeitados

Dos oito destaques apresentados, os deputados rejeitaram cinco até agora. O primeiro, de autoria do PT, permitiria que recolhimentos do trabalhador abaixo do valor mínimo exigido para determinada categoria conte como mês de efetiva contribuição. O relator da reforma na comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), alegou que a retirada desse ponto da reforma prejudicaria os trabalhadores intermitentes.

De autoria do PCdoB, o segundo destaque rejeitado manteve as mudanças no cálculo de pensões por morte, permitindo o pagamento de pensões inferiores a um salário mínimo caso o segurado tenha outras fontes formais de renda. O terceiro destaque rejeitado, apresentado pelo PT, queria retirar a fixação, na Constituição, de critérios de renda para o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O quarto destaque rejeitado, do PSOL, retiraria da reforma a restrição ao abono salarial aprovada em dois turnos. O benefício agora será pago apenas para quem ganha até R$ 1.364,43 por mês, considerado pelo governo como limite para famílias de baixa renda, gerando economia de R$ 76,4 bilhões em dez anos.

No início da madrugada, o plenário da Câmara aprovou o texto principal por 370 votos a favor, 124 contra e 1 abstenção.

A tramitação em primeiro turno da proposta foi concluída em 13 de julho. Na ocasião, o texto principal foi aprovado por 379 votos a 131. Em segundo turno, são necessários também 308 votos para aprovar a PEC e os partidos podem apresentar somente destaques supressivos, ou seja, para retirar partes do texto. Concluída a tramitação na Câmara, a matéria segue para análise do Senado, onde também será analisada em dois turnos de votação.

Publicado originalmente no site: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-brasil/2019/08/07/deputados-mantem-aposentadoria-especial-para-professores.htm

Brasil tem 297 startups dedicadas à educação

O Brasil conta hoje com 297 edtechs – startups que aliam educação e tecnologia com o objetivo de suprir as deficiências do sistema educacional, democratizar o acesso ao conhecimento e tornar mais eficientes os processos da área. A região Sudeste concentra o maio número de empresas, com 74% (49% em São Paulo, 16% no Rio de Janeiro e 9% em Minas Gerais); na sequência, vem à região Sul (6% em Santa Catarina e 5% no Paraná). Esses são alguns dos dados presentes no levantamento inédito realizado pela Liga Insights em parceria com a aceleradora de startups Liga Ventures.

O mapeamento partiu de um banco de dados com mais de 13 mil startups. Foram entrevistados profissionais da área e pesquisadores de empresas como IBM, ESPM, Saint Paul e Cel.Lep. De acordo com o estudo, os segmentos mais promissores para editechs são com soluções para acompanhamento e monitoramento de aprendizagem, e também as plataformas para educação à distância.

Outro segmento em alta é a educação inclusiva, que usa a tecnologia para democratizar o acesso à educação, desenvolvendo ações para integrar alunos com algum tipo de deficiência ou transtorno.

“O estudo mostra o potencial e o impacto dessas startups para a educação brasileira”, diz Raphael Augusto, diretor de Inteligência da Liga Insights. “Elas podem solucionar questões relacionadas ao uso da tecnologia na sala de aula, à democratização do ensino, à capacitação dos professores e à gestão da educação dentro e fora da sala de aula.”

Mas, para que isso aconteça, a atuação pública será decisiva, diz o especialista. “É preciso fomentar novas políticas de desenvolvimento e desburocratizar processos”, diz Raphael. “Hoje, para implementar uma plataforma EAD em uma escola pública, por exemplo, é preciso enfrentar diversos processos burocráticos que acabam ‘matando’ o projeto.”

Mesmo assim, o futuro das editechs é promissor, diz o diretor de Inteligência da Liga Insights. “Essas empresas são capazes de superar os desafios atuais com tecnologias de ponta capazes de gerar valor para a sociedade e colher resultados em curto prazo.”

No cenário mundial, as startups de educação alcançaram um recorde histórico de US$ 9,52 bilhões de investimentos em 2017. De acordo com uma projeção da EdtechXGlobal, as tecnologias direcionadas para a educação devem atrair US$ 252 bilhões em investimentos até 2020.

Publicado originalmente no site: https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2019/08/brasil-tem-297-startups-dedicadas-educacao.html

“Problemas da educação não são doutrinação nem ideologia de gênero”

Em fala durante sessão de julgamentos na tarde de hoje, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso criticou o pensamento que coloca a chamada ideologia de gênero e o movimento Escola Sem Partido entre as principais questões da educação nacional.

“Quem achar que o problema da educação no Brasil é escola sem partido, ideologia de gênero ou saber se 64 foi golpe ou não, está assustado com a assombração errada”, disse Barroso. “Os problemas da educação no Brasil são a não alfabetização da criança na idade certa, a evasão escolar no ensino médio, o déficit de aprendizado, a criança termina o ensino fundamental e o adolescente termina o ensino médio e não aprendeu o mínimo que precisaria saber, e a pouca atratividade da carreira de professor do ensino básico”, afirmou o ministro. O termo “ideologia de gênero” é utilizado principalmente por setores religiosos para criticar o conceito de que a orientação sexual não é determinada pelo sexo biológico da pessoa. Já o Escola Sem Partido reúne o apoio de setores da sociedade que julgam existir uma suposta “doutrinação” de esquerda pelos professores sobre os alunos. Os dois temas são caros ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), que já se pronunciou contrariamente ao uso do termo “gênero” em documentos oficiais e deu seu apoio às ideias do Escola Sem Partido. A declaração de Barroso foi feita durante o julgamento de uma ação do PSL, partido do presidente, contra regras do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que proíbem o recolhimento de crianças e adolescentes em situação de rua por autoridades públicas. A ação do PSL pretende derrubar essas regras para permitir que menores de idade em situação de rua sejam recolhidos. O processo foi apresentado ao STF em 2005, quando Bolsonaro ainda não estava filiado à legenda. A ação do partido foi rejeitada pelos ministros do Supremo

Publicado originalmente no site: https://educacao.uol.com.br/noticias/2019/08/08/barroso-problemas-da-educacao-nao-sao-doutrinacao-nem-ideologia-de-genero.htm

Bolsonaro nomeia Fábio Josué Santos como novo reitor da UFRB

A Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) já tem um novo reitor. O nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro é o professor Fábio Josué Souza dos Santos, que assumirá a função durante o próximo quadriênio (2019/2023). Ele foi o terceiro nome da lista tríplice enviada para o Ministério da Educação em março e sua indicação foi confirmada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (1º).

Fábio Josué Santos vai suceder o reitor Silvio Luiz Soglia, que deixou o cargo no dia 15 de julho. A vice dele, Georgina Gonçalves, que encabeçou a lista tríplice, ocupou a função por 15 dias. Seu mandato acabou às 23h30 do dia 30 e a UFRB ficou sem ninguém na função do reitorado.

Em votação feita pela comunidade acadêmica no dia 27 de fevereiro, a professora Georgina Gonçalves foi a mais votada para assumir o reitorado, com 17 votos, seguida de Tatiana Velloso, com cinco votos, e Fábio Josué dos Santos, com três. Na mesma sessão, foram escolhidas as candidaturas a vice-reitor. Os mais votados foram José Pereira Mascarenhas (18 votos), Renê Medeiros de Souza (6 votos) e Josival Santos Souza (2 votos).

A elaboração da lista tríplice não significa a eleição do candidato mais votado, e sim que ela é a preferida da maioria dos membros votantes da instituição. De acordo com uma lei de 1995, o Presidente da República pode acatar ou não o desejo da maioria, tendo total liberdade para decidir quem ocupará o cargo, sem necessidade de se justificar.

Para assumir o cargo oficialmente, o professor precisará ir até Brasília para tomar posse no Ministério da Educação. O novo reitor é professor da graduação em “educação do campo”, além de atuar como pesquisador nas áreas de memória, história, gestão, currículo e formação de professores nesse tipo de educação.

Segunda maior universidade federal da Bahia, a UFRB conta com cerca de 12 mil alunos, 800 professores e 700 servidores. A instituição, fundada em 2006, possui campi nas cidades de Cruz das Almas, Amargosa, Cachoeira, Feira de Santana, Santo Amaro e Santo Antônio de Jesus.

A Bahia foi o único estado que teve um terceiro colocado da lista tríplice nomeado como reitor. Até esta quinta-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro escolheu dirigentes para outras seis instituições de ensino. Em cinco delas, todos os eleitos foram os primeiros colocados da lista, com exceção da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, onde o segundo da lista foi indicado.

ACEB reforça pilares da campanha pela elevação do IDEB da Bahia

Diante da recente polêmica envolvendo professores acerca de declarações do Secretário de Educação do Estado da Bahia (SEC), Jerônimo Rodrigues, sobre os critérios considerados para reprovar alunos da rede estadual, a Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB) decidiu reforçar os pilares da Campanha “Educação que Transforma: por uma Bahia Melhor”, cujo objetivo é colaborar para a elevação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) no Estado Bahia.

Segundo a presidente da entidade, Marinalva Nunes, os pilares da referida campanha revelam muito mais soluções para reduzir o índice de reprovação e aumentar o desempenho dos alunos da rede estadual do que a simples discussão sobre os “culpados” pela avaliação ruim do Ideb no último ano. “A explicação para os resultados negativos vai muito além dos critérios considerados para aprovar ou reprovar alunos. Para a Aceb, não há tempo a perder procurando responsáveis pelos problemas existentes: é preciso criar soluções e isso inclui a adoção de ações efetivas e enérgicas”, declarou.

Entre os pilares da Campanha da ACEB pela elevação do IDEB no Estado da Bahia destacam-se a qualificação e a valorização de professores e gestores em educação; a reeorganização e adequação da infraestrutura das unidades escolares; a ampliação da educação integral e a articulação dos níveis de ensino integrados aos entes federativos. Além disso, a Associação defende a nomeação de um(a) coordenador(a) pedagógico(a) por turno em cada unidade; a atuação de psicopedagogos(as) e de assistentes sociais nas escolas e o incremento dos Institutos Profissionais.

A implementação e desenvolvimento de projetos que fomentem a cidadania também podem colaborar com a melhoria dos resultados da educação no estado. “A cultura e o esporte são importantes ferramentas no sistema de ensino pela paixão, socialização e disciplina que imprimem. Por isso, é preciso estimular as artes (visuais, música, teatro, dança, etc) e fomentar o esporte, através de iniciação esportiva nas mais diversas modalidades, torneios e eventos esportivos que possam ir além das aulas de educação física”, frisou o vice-presidente da ACEB, Marcelo Ramos.

O dirigente da associação destaca, ainda que “algumas escolas da Bahia já apresentam um resultado satisfatório a partir de ações positivas isoladas, mas quando se considera a média de todos os colégios, os índices são negativos. Precisamos que as boas práticas de algumas de nossas escolas estaduais sejam implementadas em toda a rede estadual de ensino”, defende.

A fim de incentivar a formação continuada de professores, a ACEB executa, há 16 anos, um programa de formação continuada, com viés classista, através de cursos de qualificação em parceria com renomadas instituições de educação no estado. Segundo Marinalva Nunes, “a valorização profissional do educador, um dos mais importantes pilares da nossa campanha pela educação que transforma, passa pela compreensão e consciência da nobreza da função por parte da sociedade. Nesse sentido, formação continuada, desenvolvimento da carreira e elevação do piso salarial somam pontos positivos no processo. Professores, coordenadores, gestores e demais trabalhadores em educação são os guardiões da transformação social”, resumiu a dirigente da ACEB.

Novos cortes do governo Bolsonaro afetam principalmente pastas de Educação e Cidadania

Ministérios da Cidadania, da Educação e da Economia serão as pastas mais afetadas pelo novo contingenciamento de R$ 1,443 bilhão anunciado na semana passada; ministérios mais afetados foram os da Cidadania e Educação que perderam R$ 619,2 milhões e R$ 348,5 milhões, respectivamente

Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil – Os Ministérios da Cidadania, da Educação e da Economia serão as pastas mais afetadas pelo novo contingenciamento (bloqueio de verbas) de R$ 1,443 bilhão anunciado na semana passada. A distribuição dos cortes consta de decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União nesta noite.

Pela legislação, o governo teria até hoje (30) para editar um decreto definindo os novos limites de gastos por ministérios e órgãos. A pasta mais afetada foi a da Cidadania, que perdeu R$ 619,2 milhões. Em segundo lugar, vem o Ministério da Educação, com R$ 348,5 milhões bloqueados. Em terceiro, está o Ministério da Economia, com R$ 282,6 milhões retidos.

Em quarto lugar na lista, o Ministério do Turismo teve R$ 100 milhões bloqueados. Foram afetados ainda os Ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (-R$ 59,8 milhões); da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (-R$ 54,7 milhões); das Relações Exteriores (-R$ 32,9 milhões) e do Meio Ambiente (-R$ 10,2 milhões).

Em contrapartida, duas pastas tiveram recursos liberados. O Ministério da Infraestrutura teve R$ 60 milhões desbloqueados. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos ganhou R$ 5 milhões. O valor total do contingenciamento não foi alterado. Nesses casos, as demais pastas tiveram recursos adicionais bloqueados para que esses ministérios pudessem ter verbas liberadas.

O decreto distribuiu o contingenciamento adicional de R$ 1,443 bilhão anunciado na semana passada pelo secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues. Originalmente, o governo teria de bloquear R$ 2,252 bilhões, mas a equipe econômica usou R$ 809 milhões que restavam de uma reserva de emergência constituída em março para diminuir o valor contingenciado.

O contingenciamento é necessário para que o governo cumpra a meta de déficit primário (resultado negativo desconsiderando os juros da dívida pública) de R$ 139 bilhões estabelecida para este ano. A desaceleração da economia, que reduz o crescimento econômico, faz o governo arrecadar menos que o originalmente planejado, levando a contingenciamentos adicionais. Há 20 dias, a equipe econômica diminuiu de 1,6% para 0,8% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) para este ano.

Matéria completa no link: https://www.brasil247.com/brasil/novos-cortes-do-governo-bolsonaro-afetam-principalmente-pastas-de-educacao-e-cidadania

Pais terão R$ 65 pagos pela prefeitura para matricular filhos em creche

Com três anos, a pequena Sophia Gabriele Lima ainda não estuda, mas não é por falta de vontade da mãe, Thamires Lima, 25. A dona de casa já procurou uma vaga para a filha nas pré-escolas da rede municipal, mas não teve sucesso. Agora, ela recorre ao programa Primeiro Passo, que passa a oferecer auxílio de R$ 65 para as famílias matricularem seus filhos de até cinco anos de idade em escolas particulares do bairro onde moram.

O programa municipal, criado em 2015, foi reformulado e as mudanças apresentadas pelo prefeito ACM Neto nesta segunda-feira (29), na área verde do Parque da Cidade. Além do reajuste de 30% no valor do auxílio, que passa de R$ 50 para R$ 65 por criança, já em vigor a partir de agosto próximo, todas as 500 famílias que estão na lista de espera serão incluídas automaticamente no programa. A terceira novidade é que serão abertas novas inscrições para famílias interessadas.

“Vim fazer o cadastro do Primeiro Passo para minha filha de três anos. Hoje eu quero ver se acho vaga na escola pública e, se não conseguir, fazer o cadastro para receber o dinheiro. Com o dinheiro eu vou pagar a escola”, contou Thamires.

Para o prefeito, o Primeiro Passo é um dos esforços feitos pela Prefeitura para a realização da universalização do acesso à creche e pré-escola. A ação, em conjunto com a construção de novas unidades de ensino e a implantação do programa Pé na Escola – de aquisição de vagas em creches privadas -, tem trazido resultados positivos para a capital baiana.

Ele ainda complementou que o principal objetivo é de que as crianças, incluindo as beneficiárias do Primeiro Passo, estejam matriculadas em uma unidade de ensino. “O programa é transitório. Nós queremos realmente que a criança frequente a sala de aula. Enquanto não houver a vaga, o benefício vai ajudar aos pais a pagar uma creche ou um cuidador”, afirmou o prefeito.

Leia a matéria completa no link: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/pais-terao-r-65-pagos-pela-prefeitura-para-matricular-filhos-em-creche/