Jerônimo Rodrigues (foto), secretário de Educação da Bahia, solta foguetes. Com justos motivos: no Ideb divulgado ontem pelo MEC, a Bahia deu um maior salto, de 2.7 para 3.2, cinco pontos.
— Desde 2005, quando os níveis da educação básica e ensino médio começaram a ser medidos, é a primeira vez que isso acontece.
É um bom salto, mas ressalte-se, nada muito a festejar. Ou como diz Ney Campelo, que até março do ano passado era superintendente de Educação Básica da SEC:
— Sem dúvida, é um ato de reconhecimento, mas não de celebração.
Por que? Porque no conjunto da obra, os números baianos ainda são muito baixos.
Os grandes
Lógico que baixar as más estatísticas é a mais sublime das governanças. Exige planejamento e altos investimentos, mas o retorno é lento, de longo prazo. Os frutos de agora começaram a ser plantados lá atrás, por Walter Pinheiro, hoje secretário do Planejamento, no primeiro governo de Rui Costa, que, no seu tempo, contratou 2.600 professores concursados, instituindo as coordenações pedagógicas, que a Bahia não tinha.
Nos municípios, na educação básica, Licínio de Almeida continua com o melhor Ideb da Bahia, com 7.3 pontos.
Mas nas três grandes cidades, os níveis cresceram: em Salvador, saltou de 5.3 para 5.6; em Feira de Santana, de 4.5 para 4.8; e em Vitória da Conquista, de 4.7 para 5.3.
O maior do Brasil continua sendo o de Sobral, no Ceará, com 8.6.
Publicado originalmente no site: Bahia.ba