A Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB) se solidarizou com professores, estudantes, funcionários de universidades e instituições ligadas à Educação que se uniram nesta quarta-feira (15/05) em manifestações contra cortes de verba e bloqueios de bolsas de estudo promovidos pelo Ministério da Educação (MEC). O contingenciamento, que vai afetar todas as etapas de ensino, da Educação Infantil à pós-graduação, atinge ainda verbas para construção de escolas, ensino técnico, bolsas de pesquisa e transporte escolar.
Segundo a presidente da ACEB, Marinalva Nunes, “os professores das universidades públicas federais, assim como das escolas de ensino básico que foram para as ruas ontem, merecem o respeito de todos nós e, especialmente, dos gestores do Brasil. Muitos estão com dedicação exclusiva, dedicando-se a pesquisas e projetos relevantes para a nossa sociedade, enquanto a educação, já sucateada há muito tempo, perde investimentos importantes”, destacou.
Marinalva acrescentou, ainda, que “a educação que o povo brasileiro tem é a educação que a classe dominante acha que deva ter e a mordaça na ciência e na tecnologia que o Ministério da Educação está impondo é fruto dessa compreensão. Os cortes recentes de verbas na educação significa o não desenvolvimento do país e a quebra da sua soberania”, frisou.
As manifestações aconteceram em 26 estados, entre os quais a Bahia, e no Distrito Federal. De acordo com o MEC, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. “Não podemos aceitar que as pesquisas realizadas no país sejam interrompidas enquanto, na verdade, elas deveriam ser estimulada”, concluiu Marinalva Nunes.