ACEB defende que campanhas temáticas de saúde sejam incluídas no currículo escolar

A Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB) acredita que temas relacionados à prevenção de doenças e à promoção da saúde devem ser incorporados ao processo educacional com o objetivo de difundir a importância da adoção de hábitos saudáveis em todas as faixas etárias. “Campanhas como Outubro Rosa e Novembro Azul devem ser exploradas no âmbito da educação desde a infância. Afinal, crianças, adolescentes e jovens bem instruídos e orientados não só aprendem a cuidar melhor da própria saúde como podem fazer diferença na atitude dos pais e outros adultos com quem convivem”, ressaltou a presidente da ACEB, Marinalva Nunes.

Não há como negar a influência dos pequenos aprendizes nas atitudes dos “mais velhos”. A estudante do ensino médio Caroline Melo, de 17 anos, por exemplo, aprendeu na escola que toda mulher a partir dos 40 anos precisa fazer a mamografia anualmente para facilitar a detecção precoce do câncer de mama. Isso porque quando a doença é descoberta em estágio inicial, a chance de sucesso no tratamento é muito maior. Ela disse isso à sua mãe, a microempresária Patrícia Melo, de 43, que nunca tinha feito o exame.

Preocupada com os dados apresentados pela filha sobre a doença, Patrícia começou a prestar mais atenção nas mensagens da campanha “Outubro Rosa” e decidiu agendar seu exame. O resultado, felizmente, foi positivo, pois suas mamas estavam saudáveis. “Mas, poderiam não estar, né? Então, vou fazer o exame todo ano a partir de agora, para garantir. Minha filha me alertou, não dá para vacilar. Com a saúde não se brinca”, declarou Patrícia.

Apesar da prevenção em saúde ser um tema para todo tempo, a sociedade adotou campanhas como o Outubro Rosa e o Novembro Azul para chamar a atenção da sociedade acerca da importância do combate a doenças que precisam de uma atenção especial, como é o caso do câncer de mama e do câncer de próstata, que atingem milhões de pessoas por ano. “Nossa educação precisa se comprometer com a condição de naturalização desses temas desde a infância. Todo mundo sai ganhando com isso”, finalizou Marinalva Nunes.