Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, que morreu aos 82 anos na última quinta-feira (29) de falência múltipla dos órgãos provocada por um câncer no cólon, se despedirá dos fãs a partir da próxima segunda-feira (2). O velório acontecerá na Vila Belmiro, estádio do Santos, clube onde o ídolo maior foi revelado ao mundo. A partir das 10h, todos terão acesso às homenagens do último adeus ao maior atleta de todos os tempos. A cerimônia, que terá 24 horas de duração será no centro do gramado do estádio. O sepultamento será no Memorial Necrópole Ecumênica, um local escolhido pelo próprio jogador por não parecer um cemitério e por transmitir “paz espiritual e tranquilidade”, conforme declarou em entrevista há 19 anos, quando comprou o espaço.
Rei, para sempre
Considerado o maior jogador da história do futebol, Pelé iniciou sua carreira na cidade de Bauru, em São Paulo, onde aos 11 anos de idade, foi descoberto por Waldemar de Brito, que o convidou para fazer parte do Clube Atlético de Bauru.
Pelé não precisou de muito tempo para mostrar seu talento, e logo foi levado ao Santos Futebol Clube, sendo considerado uma das grandes promessas do time.
Foi justamente no Santos Futebol Clube que Pelé se tornou o maior jogador do mundo. A magia e o encanto do futebol apresentado por Pelé chamaram a atenção da Rainha da Inglaterra, Elizabeth II, que visitou o Brasil em 1968 e assistiu a uma partida de Pelé no Maracanã. Na ocasião, o jogador brasileiro foi condecorado Cavaleiro do Império Britânico pela monarca.
Pelé foi o jogador mais novo a vencer uma Copa do Mundo de Futebol. Com apenas 17 anos de idade, ele foi campeão do mundo em 1958, quando a Seleção Brasileira enfrentou a Suécia. Na decisão, o garoto marcou dois gols, chegando a seis e se tornando o artilheiro do Brasil na competição, sendo chamado pelos franceses de Rei do Futebol.
Além disso, Pelé também fez história por ser o único jogador a ser tricampeão mundial (1958, 1962 e 1970), além de ser, até hoje, o maior artilheiro da Seleção Brasileira, com 95 gols marcados.
O jogador passou quase toda sua carreira no Santos, entre 1956 e 1974. Além do clube paulista, ele defendeu a camisa do clube norte-americano New York Cosmos, entre 1975 e 1977 e, claro, fez parte da Era de Ouro da Seleção Brasileira.
Pelé pendurou as chuteiras em 1977 e em 1981 foi eleito o Atleta do Século pelo jornal francês L’Équipe, com 650 jornalistas especializados do mundo inteiro ratificando sua eleição.
O Rei do Futebol ainda estreou como comentarista da TV Globo, em 1989. Ele comentou os jogos da seleção brasileira até 1998.
Em 1994, como Embaixador do Futebol nos Estados Unidos da América, Pelé foi uma das estrelas da Copa do Mundo, participando das cerimônias de abertura e encerramento.
Durante a sua breve carreira política como Ministro do Esporte, cargo ocupado no governo de Fernando Henrique Cardoso entre 1995 e 1998, o ex-jogador criou a Lei Pelé, que tinha como objetivo dar mais profissionalismo ao esporte nacional.
Em 2014 e 2015, passou por cirurgias na coluna, ficando internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Já em 2016, Pelé foi eleito pelo Comitê Olímpico Internacional o maior atleta de todos os tempos. No mesmo ano, o ex-jogador não pôde participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro devido a problemas de saúde.
Em 2018, Pelé viajou a Moscou para o sorteio da Copa do Mundo, na Rússia. Além do sorteio, Pelé fez parte da cerimônia de inauguração do relógio que fez a contagem regressiva até a Copa de 2018 na Praça Vermelha, em Moscou.
Morre Edson Arantes do Nascimento, Mas o Rei Pelé, o maior atleta de todos os tempos será eterno.