“Que ginga é essa: Detentoras do Patrimônio Imaterial Baiano”. Esta é a chamada do encontro que vai acontecer nesta quarta-feira (23), das 14 às 16 horas, no Espaço da Salvaguarda da Capoeira na sede do IPAC (Rua Gregório de Matos, 29, Pelourinho, em frente à Casa do Olodum), em Salvador. A programação, idealizada pelo Movimento Karapaça, foi imediatamente abraçada pela ACEB pela relevância do seu objetivo: Mostrar que a capoeira também é feminina. Além de cantorias e da exibição do vídeo-documentário “A capoeira na Bahia: um retrato atual”, o público presente poderá compreender um pouco da grande contribuição das mulheres na Salvaguarda da Capoeira na Bahia.
O evento será encerrado com roda de capoeira, como não poderia deixar de ser. Durante a programação, a presidente e a coordenadora de empreendedorismo e ação social da ACEB, Marinalva Nunes e Anne Cristina Nogueira, respectivamente, juntamente com representantes da Salvaguarda, falarão brevemente ao público presente sobre o processo de construção do livro Capoeira da Bahia: histórias, territórios e trajetórias, do documentário e do Portal da Capoeira (www.capoeiradabahia.com.br), lançados em 2021. Ambos foram resultantes do projeto Salvaguarda da Capoeira da Bahia, que circulou por 11 cidades, articulando 15 territórios e entrevistando mais de 70 mestres e mestras de capoeira, de diferentes grupos, estilos e linhagens.O projeto, construído pelo Conselho Gestor da Salvaguarda da Capoeira na Bahia e executado pela ACEB, aconteceu através de chamada pública do IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, com recursos da Lei Aldir Blanc e apoio financeiro do IPAC, SECULT, Governo do Estado, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo.“O fato de grandes mestras estarem presentes na diretoria do Conselho Gestor da Salvaguarda da Capoeira da Bahia e de tão bem representarem essa dança-luta que é patrimônio imaterial brasileiro mostra que o protagonismo da mulher na Capoeira já é uma realidade”, declarou a Professora Negona do Ébano (Olívia Silva), coordenadora do Movimento Karapaça. “Esperamos que o maravilhoso espaço da Salvaguarda da Capoeira no IPAC, onde teremos a programação ‘Que ginga é essa’, tenha continuidade e se torne itinerante, pois um projeto tão importante como esse precisa circular pela Bahia”, sugeriu.