Esta reportagem foi atualizada às 15h de 2 de dezembro de 2021, com a aprovação da PECQuando José Luís Guerretta viu, pela televisão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chamar os pagamentos de precatórios do governo federal para 2022 de “meteoros”, começou a rever os planos da família para o ano que vem.Era final de julho e, exatamente um mês antes, ele havia recebido a decisão favorável de um processo judicial que se arrastava desde 1989 – que exigia que a União lhe pagasse cerca de R$ 220 mil dentro do próximo orçamento.Então, em agosto, enquanto a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/2021 – chamada de PEC dos Precatórios – chegava à Câmara, e o mesmo Guedes dizia que “Brasília iria parar” se o projeto não fosse aprovado, Guerretta já estava pouco esperançoso em receber o dinheiro.
Antes mesmo de o plenário do Senado aprovar o texto-base da PEC, nesta quinta-feira (2/12), com o corte parcial dos precatórios das despesas federais de 2022, para financiar o programa social Auxílio Brasil, Guerretta apenas sustenta aquele pessimismo inicial. “Provavelmente vou tomar um calote”, lamenta.
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