Muitas mulheres têm assumido a vanguarda dos movimentos de paz e justiça social ao longo da história. Um dos exemplos inspiradores, entre tantos outros, é o da ativista norte-americana Julia Ward Howe, responsável por convocar o primeiro Dia das Mães, em 1872. Feminista abolicionista e pacifista, ela tinha como objetivo dedicar um dia à paz em homenagem às mães que perderam os seus filhos e maridos durante a Guerra Civil dos Estados Unidos. Durante o conflito, 10% dos jovens homens americanos morreram.
Em uma carta de Proclamação do Dia das Mães, Howe pediu para que todas saíssem às ruas de seus países não apenas para rejeitarem a guerra, como também para que trabalhassem pela paz “em nome da feminilidade e da humanidade”. Décadas depois, sua filha Anna Reeves Jarvis decidiu fazer um lobby junto a governos, empresas, sociedade civil e líderes religiosos em apoio a uma declaração oficial do Dia das Mães. Seus esforços surtiram efeito em 1914, quando o presidente Woodrow Wilson declarou que, a partir de então, o segundo domingo de maio seria de celebração.
Com o passar dos anos, a data perdeu consideravelmente o seu efeito de esforços pela paz e se tornou bastante comercial, infelizmente. Mas, hoje, com shoppings e grande parte do comércio fechado por conta da pandemia, nada impede que as origens da data sejam resgatadas. Vamos celebrar a paz, com gratidão às mães por seu relevante papel na criação e educação dos filhos, transmissão de valores e princípios e formação de cidadãos. Se você é mãe, de barriga ou de coração, Feliz Dia das Mães!