Uefs retoma aulas após 65 dias de greve na Bahia

As aulas na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), cidade a 100 km de Salvador, foram retomadas na última segunda-feira (17). As atividades acadêmicas retornaram depois do fim da greve dos professores, que durou 65 dias.

No entanto, as aulas na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Salvador e Eunápolis, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) só devem retornar depois do recesso junino, por decisão dos estudantes, que fazem uma paralisação para pedir investimentos nas unidades de ensino.

De acordo com a Uneb, os professores da instituição retomaram as aulas com manutenção das ações previstas no calendário acadêmico nos 24 campi, nesta segunda. No entanto, nos campi de Salvador, no bairro do Cabula, e em Eunápolis, no sul do estado, os estudantes fizeram uma paralisação e impediram a entrada dos professores. Na capital, os alunos só permitiram a entrada de funcionários dos setores administrativo e da manutenção.

Uefs

Os professores da Uefs retornaram às aulas nesta segunda. O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da universidade aprovou ajustes no calendário acadêmico referente ao semestre. Com o retorno, ficou definido também que o último dia letivo deste período será no dia 24 de setembro.

Na Uesc, os professores retomaram a rotina nesta segunda. No entanto, os estudantes também decidiram fazer uma paralisação, em assembleia. De acordo com os universitários, com a proximidade de feriados e dos festejos juninos, o calendário não ficou favorável para os alunos que moram fora das cidades onde a Uesc tem campi. Com isso, as atividades na instituição só devem voltar às atividades no dia 3 de julho. A universidade não se manifestou com relação à paralisação dos estudantes.

Uesb

Na Uesb, os professores também voltaram às salas de aula nesta segunda, mas os estudantes de alguns cursos decidiram manter as atividades paralisadas. As aulas só retornarão depois do recesso junino. Não foram divulgados os motivos da paralisação, nem a data de volta.

A greve

A greve dos professores das universidades estaduais da Bahia começou no dia 9 de abril, quando os docentes iniciaram uma campanha salarial. A paralisação foi decidida em uma assembleia. Durante a greve, os salários dos professores ficou suspenso.

Além do reajuste de 5,5%, a categoria pediu destinação de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) do Estado da Bahia para o orçamento anual das universidades estaduais. Reposição integral da inflação do período de 2015 a 2017. Cumprimento dos direitos trabalhistas, ampliação e desvinculação de vaga/classe do quadro de cargos de provimento permanente do Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia.

Na terça-feira (11), o governo do estado apresentou uma proposta aos professores, que prevê até 900 promoções em todas as instituições de ensino, recursos da ordem de R$ 36 milhões para que as quatro universidades apliquem em investimentos e o pagamento dos salários mediante reposição das aulas.

Publicado originalmente no Portal G1