Não há como estar preparado para isso. Qualquer palavra parece pequena. Tragédias como o massacre na EE Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), que deixou dez mortos – incluindo os dois jovens atiradores – são tão chocantes quanto inexplicáveis.
Nestas primeiras horas após o acontecimento, a dor se sobrepõe a tudo nos corações de pais, alunos, professores, gestores e funcionários. Com o passar dos dias, inevitavelmente surgirá uma questão difícil de equacionar: como retomar a vida da comunidade escolar depois do horror? Como voltar a conviver nos corredores, nas salas de aula, no pátio da escola, onde tudo ocorreu? Como consolar os amigos, as famílias, os funcionários? Existe remédio para essa dor?
O trauma em Suzano não é inédito. Em 2011, uma escola em Realengo, no Rio de Janeiro (RJ), foi alvo de um ataque parecido. No ano passado, em Goiânia (GO), um estudante atirou contra colegas e professores. Nos Estados Unidos, atentados com armas de fogo acontecem com frequência.
Diante da recorrência de fatos como esse, a experiência mostra que é possível superar as tragédias e retomar a vida. A prefeitura de Suzano e o governo do Estado de São Paulo já ofereceram, inclusive, os serviços de assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras para dar suporte à comunidade. “Esse trabalho deve levar um ano, pelo menos”, afirma Karen Scavacini, mestre em Saúde Pública na área de Promoção de Saúde Mental pelo Instituto Karolinska, da Suécia.
Em busca de respostas, o site NOVA ESCOLA buscou estudos e reuniu uma série de conteúdos de seu acervo a respeito do assunto. Alguns caminhos que as experiências nacionais e internacionais sugerem e que podem ser adotados pelas autoridades daqui para frente estão disponíveis no link: https://novaescola.org.br/conteudo/16083/tragedias-em-escolas-como-recomecar-depois-de-tanta-dor
Publicado no site Nova Escola