A Educação empreendedora ocupa um espaço importante na Educação. Isso porque ela pode desenvolver algumas habilidades da sociedade contemporânea, como autonomia, capacidade de se adaptar a situações novas e criar soluções. A proposta busca inspirar nos estudantes (independente da etapa de ensino e disciplina) a vontade de empreender.
A escola é um bom espaço para que essas habilidades possam ser desenvolvidas e vivenciadas, preparando os nossos alunos para este novo tempo, em que a criatividade, inovação e autogestão são cada vez mais valorizadas.
Um dos principais objetivos da Educação empreendedora é desenvolver atitude e mentalidade empreendedora, que visam estimular o raciocínio lógico e a busca por aprender conceitos e conhecimentos que contribuam para resolver problemas.
O ensino empreendedor estimula conversas sobre sonhos pessoais e profissionais e possibilita desenvolver habilidades necessárias para a vida como planejar, buscar informações, estabelecer metas, ser persistentes, autoconfiantes, protagonistas.
Alguns caminhos para desenvolver o tema em sala de aula
Diálogo: conhecer os alunos e seus desejos é o primeiro passo para estabelecer essa ponte com eles. Conversar sobre profissões, estabelecer roteiros e perfis destas profissões, é importante para ajudar na reflexão do futuro e fundamentar escolhas.
Referências: trazer pessoas de diferentes profissões e/ou incentivar a participação de feiras relacionadas ao tema são importantes para fomentar o diálogo, conhecer experiências reais sobre diferentes áreas e se aprofundar sobre a futura profissão. Se não for possível, vale pedir uma pesquisa ou trazer materiais (textos e vídeos, por exemplo) que explorem um pouco o dia a dia da profissão.
Mapas mentais: são uma espécie de diagramas que ajudam a pensar em resoluções de problemas, estimulam a criatividade e a inventividade. Eles podem ser criados para trabalhar com soluções e desafios empreendedores, como por exemplo, vamos criar um grêmio na escola? Quais caminhos de atuação? Quais funções? Quais melhorias para a comunidade escolar? Um exercício simples, que permite uma vivência de situações reais de uso.
Debate: que tal proporcionar com os alunos um júri simulado? A partir de um problema inicial, os alunos se dividem em grupos de defesa e acusação, em que cada um deve apresentar argumentos para sustentar seus pontos de vista da situação trabalhada. Nesta atividade os alunos têm a oportunidade de aprofundar sobre um tema, construindo postura crítica, além, de desenvolver outras habilidades entre elas organização, argumentação, levantamento de hipóteses, exposição de ideias, colaboração e diálogo.
As atividades devem conter desafios, estimular a criatividade, colaboração, ser lúdica e focar na atitude empreendedora. E você, querido professor, como trabalha a Educação empreendedora em sala de aula? Conte aqui nos comentários.
Artigo de Débora Garófalo* publicado originalmente no site Nova Escola
*Professora da rede Municipal de Ensino de São Paulo, Formada em Letras e Pedagogia, Mestranda em Educação pela PUCSP, colunista de Tecnologias para o site da NOVA ESCOLA.